Um objeto de puro divertimento, em que Renoir, segundo as suas próprias palavras, se divertiu “como um rei”, sem preocupações de lógica e deixando-se arrastar pelo improviso, estilo perfeito para esta comédia ligeira, a terceira parte de uma trilogia quase musical: A Comédia e a Vida (1952) e French Cancan (1955) são os filmes que marcam o regresso de Renoir a França, depois do seu período americano. O realizador assumiu, numa entrevista a Jacques Rivette, que o filme existe por uma única razão: Ingrid Bergman, o centro do triângulo amoroso, a princesa polaca por quem – na pré-Primeira Guerra – um general se apaixona. Renoir transforma a ação numa farsa romântica, cheia de vida e cor, durante a Belle Époque francesa.